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13-01-2012 19:23

 

Uma ponte.

O outro lado.

No escuro.

Sem lembranças.

Nada no esconderijo.

 

Foi sem querer,

enquanto tirava o miolo do pão, que engorda.

Veio como um sopro no ouvido.

Quase um assobio.

Mais como um fantasma.

a palavra brotou e encaixou umas peças desarrumadas.

Iposinha.

Era nada, nem foi o mais importante de tudo.

Mas sobrou,

passou disfarçada pela infantaria das defesas todas.

Aproveitou a trégua do tempo,

driblou o recalque.

Iposinha.

Ela sorriu agradecida,

mas não tinha uma só lágrima.