Teste de 26 de janeiro de 2012

09-04-2012 15:14

 

Ela mesma! Toni Morrison. Sei que já tinha postado coisas dela, mas não resisti. Nessas férias eu mergulhei de cabeça no livro mais importante da autora. O que lhe rendeu o Pulitzer de 1988: Amada. O primeiro da trilogia que ainda inclui outros dois títulos: Paraíso e Jazz.

 

Em Amada, Toni conta a história de Sethe, ex escrava que foge da fazenda onde vivia para encontrar com seus filhos que já tinham partido primeiro. Ela estava grávida de Denver, a filha que nasceu durante a fuga de um jeito muito milagroso.

 

Anos depois, as duas são as únicas moradoras da casa onde se passa boa parte da história e recebem a visita de um homem que conheceu e trabalhou com Sethe na fazenda de onde fugiu. A chegada de Paul D inicia uma série de acontecimentos que transformam a vida das duas. É uma história belíssima na qual Toni explora, de um jeito sempre único, a experiência da mulher negra e escrava nos EUA, no final do século XIX.

 

Mas o trecho que publiquei no Poesiômetro mostra um momento igualmente maravilhoso, em que o foco está sobre outro tipo de experiência: a do homem. Na ocasião, Paul D se lembra de uma conversa que teve com outro escravo, Seiso, quando ele lhe explica porque se apaixonou pela mulher dos Cinquenta Quilômetros. Agora, enquanto Paul D observava Sethe, a mulher a quem tanto amava, entendia o que Seiso estava dizendo. "É bom quando se encontra uma mulher que é amiga da sua cabeça". Quando lhe junta os pedaços e lhe devolve tudo junto. Era desse amor que Paul D precisava e pelo qual andou buscando, mesmo sem saber, por longos anos de vida castigada. Toni é demais mesmo!